Cistoscopia
O procedimento também é conhecido como uretrocistoscopia, pois durante o exame, o médico visualiza toda a região da bexiga e da uretra do paciente. No caso dos homens, a cistoscopia também identifica partes da próstata.
O exame é feito por um urologista, que insere um cistoscópio (uma espécie de tubo flexível de visualização) por meio da abertura externa da uretra. Quando o aparelho chega até a bexiga, um soro fisiológico é liberado, com o intuito de expandir o órgão e facilitar a visualização no seu interior.
Os cistoscópios têm um diâmetro aproximado entre 30 a 150 centímetros de comprimento, mas somente os de 15 a 30 centímetros são inseridos na uretra e na bexiga. Esses equipamentos também contam com uma pequena câmera, para que o médico possa registrar o exame.
A cistoscopia é indicada para o diagnóstico de inúmeras doenças, tais como:
- Litíase (ou cálculo renal);
- Sintomas no trato urinário inferior;
- Endometriose;
- Hematúria (sangue na urina);
- Infecções urinárias;
- Inflamação crônica na bexiga;
- Tumores (benignos ou malignos).
O exame é especialmente recomendado para suspeita de câncer na bexiga, visto que é um dos tipos de tumores mais frequentes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a doença ocupa o quarto lugar entre os tipos de cânceres mais comuns entre os homens, e o oitavo lugar nas mulheres.
Além disso, o câncer na bexiga é a segunda doença mais tratada pelos urologistas, perdendo apenas para o adenocarcinoma da próstata (câncer de próstata).
A principal suspeita de câncer na bexiga ocorre com a investigação da hematúria, ou seja, com sangue na urina, sendo comum em 37% dos pacientes acometidos pelo câncer. Normalmente, a hematúria é macroscópica, podendo ser identificada a olho nu pelo próprio paciente.
A cistoscopia também pode ser realizada para o tratamento de algumas doenças, como é o caso da litíase, na fragmentação do cálculo renal. O procedimento também é usado para avaliar e tratar patologias no trato urinário.
O exame de cistoscopia é relativamente simples, com a introdução do cistoscópio esterilizado pela uretra do paciente e progredindo até a bexiga. Em geral, administra-se uma anestesia local e um lubrificante, para diminuir a sensibilidade e facilitar a penetração do aparelho.
O procedimento é normalmente feito em ambulatório, mas dependendo do caso, é preciso levar o paciente à internação, com aplicação de anestesia geral. A escolha do cistoscópio (rígido ou semi flexível) também depende do objetivo do exame.
Recomenda-se que o paciente esteja de jejum de quatro horas, além de suspender por sete dias qualquer administração de medicamento anticoagulante. Antes da cistoscopia, é preciso fazer um exame de urina, para avaliar se há infecção urinária. Nestes casos, o procedimento não é indicado.